terça-feira, 8 de novembro de 2011

Enfin, famille!

Banho e mangiada rápidos pra tirar a ressaca e zarpo para o Lyon Saint-Éxupery. O dia parecia (e até acho que foi) encomendado, poucas nuvens num céu azul e aquele sol de manhã de domingo no outono...
A chegada do pai e da mãe no aeroporto foi algo sem explicação. Depois de 30 minutos esperando no portão de desembarque (ah, e claro, mais os dois meses desde que saí do Brasil), ver a cara dos dois fez o meu dia. Já digo agora: a melhor foto de toda a nossa viagem é essa primeira abaixo. Uma imagem realmente vale mais do que mil palavras. Saudades mortas e lágrimas da mãezita enxugadas, allons à Lyon!
A melhor cena.
Check-in no hotel, malas enfim sós, mostrar a cidade. Primeira parada: banca de fromages no marché pra provar um autêntico chèvre. Hmm, índio gostar de queijo. Hora de abastecer, almoço no bouchon para conhecer a famosa cuisine lyonnaise. Monsieur Roth aprova os pratos, o vinho e o preço, seguimos em frente. Passada pelos principais pontos turísticos, muitas atualizações de tudo o que acontece em Caxias, recados de famiglia e amigos, só coisa boa. Os stockholders do intercâmbio conhecem o destino final dos seus investimentos e visitam a residência universitária. Troca de mercadorias e presentes, risadas do quarto apertado. Finalmente erva, cuia e bomba de verdade! Algumas compras ali, outras lá, e dê-lhe caminhar. À noite, jantar clássico na Brasserie Georges e cama. No dia seguinte, city tour para ter a visão geral da ma chérie Lyon, e mais voltas, sempre coisas diferentes. Madre disse que moraria em Lyon. Almoço espetacular na Brasserie des Écoles em Croix Rousse, com o melhor confit de canard da vida. Sr. João Luiz Roth segurou as lágrimas frente a tanto sabor. Vídeos e fotos para dr. Álvaro registraram o momento. Muito bom MESMO. Conhecendo um pouco mais da cidade, paradinha no hotel pra descansar e tomar aquele chimarrão que só a mãe sabe fazer. Lembro a quem lê que as fotos na íntegra estão disponíveis nos álbuns do Picasa.

Dia seguinte: Chamonix! Chuva. E daí?! Retirada do Peugeot 308 novinho (não tinha um mês!) na Part Dieu e pé na estrada! Quer dizer... até a entrada dela pelo menos. 40 minutos de engarrafamento na França comprovam: não é só no Brasil. Passado l’embouteillage, seu motorista tira o pé do freio e rumamos para os Alpes. Parents maravilhados com a qualidade das estradas, alegria que diminui com o preço meio salgado dos pedágios. Ça va, quando em Roma... À medida que nos aproximávamos das montanhas e, conseqüentemente, da fronteira com Suíça e Itália, o tempo vai limpando, o percurso é muito bonito - vale dizer que lembrei muito da viagem do segundo ano do CETEC na travessia da Cordilheira dos Andes. Saudade da galera! São tantas emoções pra um dia só... ligação de aniversário pra vó avacalhou com a saudade.
 

 A cidade é muito bonita, segundo os meus acompanhantes, umas três vezes o tamanho de Bariloche. Caprichada e meio bucólica, lembrava um pouco Gramado. A alta temporada ainda não começou, então pouca gente nas ruas e algumas lojas e restaurantes fechados. E o frio?! Sim, estava lá conosco. Mas nada demais, pelo menos pra quem mora em Cacias. Almoço básico, fondue savoyarde (típico da região trinacional) e um vignoto pra espantar o freddo. Antes de partir, subida na Aiguille du Midi.
A Aiguille du Midi é uma estação que fica no topo de uma montanha ao lado do poderoso Mont Blanc, orgulho francês por ser o pico mais alto da Europa. OBS.: em dias limpos, vejo ele da minha janela em Lyon. O lugar tem uma vista incrível, embora no dia que subimos estivesse fechada de um lado com muita neblina, em dias claros permite ver os picos franceses, italianos e suíços todos juntos, comandados pelo Mont Blanc. Mesmo com um pouco de neblina, é algo surreal. Com todo o respeito, o bondinho da Aiguille põe Pão de Açúcar e todos os outros no bolso,em termos de altura pelo menos. É absurdamente alto e inclinado, chega dar vertigem perto da chegada pois, como disse dona Liège, somos praticamente içados. Obviamente, lá em cima, neve. Uma experiência legal que recomendo mesmo a quem vai para Chamonix como nós, só de passagem por um dia. Em meio àquele frio, pensa-se na audácia – e nos meios! – de se construir uma estrutura em um lugar tão inacessível. Vídeos comprovam a experiência, a serem colocados no blog.

 

 

De volta à Chamonix, cafezinho pra dar uma esquentada e pé na estrada para passar em Genebra antes de voltar à Lyon, mesmo porquê, está no caminho. Chegamos lá no fim da tarde, e deu malimal tempo de ver o Jet d’Eau (aaaah, Jet d’Eau!) e o lago e dar uma volta de carro pelo centro da cidade. Passada na ONU pra riscar do ‘1.000 coisas pra ver antes de morrer’ a segunda sede da entidade, once New York was already checked. Na volta pra Lyon, este que vos fala conduziu a nossa nouvelle voiture abaixo de muita chuva durante todo o percurso, pra mostrar pros véio que não é piá de merda! Janta ruim no restaurante em frente ao hotel e cama para descansar pois, no dia seguinte... Paris!

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