sábado, 27 de agosto de 2011

Marchemo

      Ao acordar no primeiro dia sozinho, café da manhã bem naquelas (ao menos é incluso) com pão de quebrar os dentes. Vida de estudante né. Depois de pagar absurdos 4 euros pra poder usar a internet por 12 horas (na residência universitária paga-se 6 euros o mês inteiro, 24/7!) consigo enviar e-mails pra famiglia e atualizar Facebook e fotos. Feito isso, andiamo!
Alone in the dark, a 8.500 km de casa. Uma cidade desconhecida, um idioma diferente, uma vida muito diferente. Alors on marche.
Aconselho isso a todo mundo: escolha um país que fale outra língua, uma cidade que nunca visitou, e simplesmente caminhe. Saia do hotel e vá por onde as ruas te levarem. Não existe sensação melhor, a adrenalina de um mundo completamente novo, em que não há uma zona de conforto ou segurança de se saber o que fazer ou onde ir. É bom para percebermos como somos apenas uma pequena parte de um todo imenso, e que existe muito, mas muito mais, do que o nosso dia-a-dia e a vida que conhecemos. Viajem!!! (não pessoal, não escrevi errado, tá na 3ª pessoa do plural mesmo).
O calor continuava, e, a não ser que se resolva pagar 3 ou 4 euros por uma água em um café ou restaurante, é preciso garimpar pra encontrar um supermercado que venda água gelada. Só existe na temperatura ambiente, a 35 graus! Pelo menos ao se almoçar ou jantar nos restaurantes, uma garrafa de água gelada é trazida na hora, sem custo. Au moins, ma jolie France!                                                                   Depois de um sandwich américain avec une Coca-Cola perto da Universidade, marchemo de novo. Novamente testando os rumos que escolhia, me dou de cara com le Crayon, o maior prédio de Lyon, a torre onde fica o hotel Radisson (p* quanto “on” nessa frase!). Crayon porque ele parece um giz de cera gigante... Atrás dele, que alegria: Centre Comercial La Part-Dieu! Testemos.
Um shopping enorme de quatro andares, com muitas lojas boas (Apple, H&M, Decathlon, Zara, Hugo Boss, C&A etc.) E em cima do shopping, um mega Carrefour de dois andares. Detalhe: o segundo é só para comida. O Carrefour francês parece o Zaffari... quem dera o nosso fosse assim. E certos exemplos de civilidade que provavelmente não funcionariam no Brasil até causam inveja: na seção de frutas, não é preciso esperar a moça da balança, ao colocá-las na mesma, uma tela touch screen permite escolher qual a fruta/vegetal a ser pesado e a etiqueta é emitida. Acho que, au Brésil, muita maçã importada ia sair com etiqueta de limão...
Infinitos tipos de queijo dominam a fromagerie, e a seção de carnes parece a foto da propaganda “Economizar é comprar bem”. De dar água na boca.


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